
E Se Cristo Não Tivesse Ressuscitado?
Tente imaginar por um instante o mundo sem a ressurreição de Cristo. Só por um instante. Imagine um cristianismo sem Páscoa. Uma cruz sem túmulo vazio. Uma fé sem esperança. Um evangelho que termina em tragédia. Essa é justamente a provocação que o apóstolo Paulo faz quando escreve aos coríntios:
“Ora, se se prega que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como dizem alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos?” (Primeira aos Coríntios 15 verso 12).
Não é que Paulo estivesse duvidando, muito pelo contrário! Ele está reafirmando com toda força a realidade da ressurreição de Cristo, mas faz isso desafiando a lógica de quem começava a negar que os mortos poderiam ressuscitar. Era como se dissessem: “Sim, Jesus ressuscitou, mas isso foi só com Ele… não significa que nós também ressuscitaremos.” Paulo não aceita isso. Ele responde com ousadia, com clareza e com profundidade: se Cristo não ressuscitou, tudo o que temos desmorona. Mas como Cristo ressuscitou, tudo o que cremos se firma eternamente.
Paulo nos obriga a pensar: e se não tivesse havido ressurreição? O que sobraria? Sobraria uma fé vazia. Um sacrifício sem vitória. Um Salvador derrotado. Sobraria um corpo morto no sepulcro, e conosco, a certeza de que a morte sempre venceria. Sem ressurreição, o pecado não teria sido vencido. Sem ressurreição, o diabo ainda triunfaria. Sem ressurreição, estaríamos perdidos.
Mas essa pergunta “E se Cristo não ressuscitou?” é tão poderosa justamente porque a resposta já é conhecida, proclamada e celebrada por séculos: Cristo ressuscitou! O túmulo está vazio. A pedra foi removida. O Cordeiro venceu. E é essa verdade que muda tudo. É essa verdade que transforma a cruz de símbolo de condenação em altar de vitória. É essa verdade que transforma o pranto em esperança, e o luto em louvor.
A ressurreição de Jesus não é apenas um evento do passado. É o coração da nossa fé. É o selo de que o sacrifício foi aceito. É a chave da vida eterna. E mais ainda: é a garantia de que nós também ressuscitaremos com Ele, porque, como Paulo declara, Cristo é as primícias dos que dormem, ou seja, o primeiro fruto de uma colheita que virá, e essa colheita somos nós, os que cremos. Ele abriu o caminho. Ele venceu a morte. Ele transformou o fim em começo.
Nessa mensagem, vamos caminhar por esse texto sagrado, confrontando o que perderíamos se Cristo não tivesse ressuscitado… e celebrando tudo o que ganhamos porque Ele ressuscitou, e ao final, vamos olhar para frente, para o grande dia da nossa transformação, porque a ressurreição de Jesus não foi o ponto final. Foi só o primeiro passo de um plano eterno. Se Ele ressuscitou, nós também viveremos.
Nossa Fé seria vã se Cristo não tivesse Ressuscitado
“Ora, se se prega que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como dizem alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos? E, se não há ressurreição de mortos, então Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã é também a vossa fé.” (Primeira aos Coríntios 15 versos 12 a 14)
Paulo começa sua argumentação expondo uma contradição presente entre os crentes de Corinto: alguns estavam aceitando que Jesus havia ressuscitado, mas negando que a ressurreição se aplicaria aos demais, e Paulo mostra com clareza que não dá pra sustentar uma coisa sem a outra. Negar a ressurreição dos mortos é, na prática, anular a própria ressurreição de Cristo, e se Cristo não ressuscitou… tudo o que fazemos, tudo o que pregamos, tudo o que esperamos… desmorona.
Ele diz: “É vã a nossa pregação.” A palavra “vã” aqui carrega o sentido de sem propósito, sem força, sem validade. É como um discurso vazio, sem peso, sem verdade. Se Jesus não venceu a morte, então a cruz foi só um martírio cruel e sem fruto. E o evangelho não passa de uma boa história com final trágico.
E ele continua: “… e vã é também a vossa fé.” Isso é ainda mais sério, porque Paulo está dizendo que a nossa confiança, nosso arrependimento, nossa esperança, nossa entrega, tudo isso não teria onde se firmar. Seríamos como alguém que constrói uma casa sobre areia, bonita por fora, mas fadada a cair. Se Cristo não ressuscitou, nossa fé seria uma ilusão bonita… mas vazia.
Quantas pessoas hoje vivem como se essa fosse a realidade? Como se a fé fosse só uma ferramenta emocional, uma motivação interna ou um estilo de vida positivo? Mas Paulo está dizendo que ou Jesus realmente ressuscitou, e isso muda tudo, ou nada faz sentido, mas o que nos sustenta aqui é a certeza: Cristo ressuscitou, e por isso, a nossa pregação tem poder. A fé que exercemos tem base. As palavras que lemos e proclamamos não são poesia, são vida. São verdade eterna.
A fé cristã é uma fé que se ancora na realidade da ressurreição. Nós não seguimos um mártir, seguimos um Rei vivo. Nós não estamos tentando perpetuar valores de um homem bom que morreu, nós vivemos à luz do poder de um homem-Deus que venceu a morte, e isso é o que dá sentido à nossa adoração, à nossa caminhada e à nossa esperança.
Sem ressurreição, estaríamos ainda nos nossos pecados
E assim somos também considerados como falsas testemunhas de Deus, pois testificamos de Deus que ressuscitou a Cristo, ao qual, porém, não ressuscitou, se é certo que os mortos não ressuscitam. Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. E também os que dormiram em Cristo estão perdidos. Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.” (Primeira aos Coríntios 15 versos 15 a 19)
Paulo leva o argumento um passo além: sem a ressurreição, não apenas nossa fé seria vazia, nós ainda estaríamos debaixo da condenação do pecado. Isso precisa ser dito com clareza: a cruz e a ressurreição são inseparáveis, se Jesus tivesse morrido e não ressuscitado, não haveria prova de que o sacrifício foi aceito, a morte teria vencido, o pecado teria tido a última palavra, o inferno teria sido confirmado como destino de todos.
Paulo diz: “… ainda permaneceis nos vossos pecados.” Essa é uma afirmação que corta fundo, porque mostra que a ressurreição de Cristo não foi só um milagre, foi a validação do pagamento, foi o recibo de quitação do nosso débito com Deus. Ele morreu pelos nossos pecados, mas ressuscitou para a nossa justificação (Romanos 4 verso 25), ou seja, se Ele não ressuscita, nós ainda estamos condenados. E mais: “os que dormiram em Cristo estão perdidos.” Sem ressurreição, não há consolo para os que partiram. Nenhuma certeza de reencontro. Nenhuma esperança de glória. A morte seria o fim absoluto de tudo.
Paulo fecha esse raciocínio com uma frase forte: “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.” Ele está dizendo: se tudo o que o evangelho oferece se limita a esta vida, conforto moral, paz interior, senso de propósito, então somos dignos de pena, porque nos entregamos, renunciamos, suportamos perseguições, lutamos contra o pecado… tudo isso, por uma causa que terminaria no túmulo? Mas graças a Deus, essa hipótese é apenas um exercício retórico, o próprio Paulo se apressa, no verso seguinte, a declarar:
“Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos.” (Primeira aos Coríntios 15 verso 20)
Cristo venceu. O pecado foi derrotado. A morte foi despojada. E por isso, não estamos mais em nossos pecados. Não estamos perdidos. Não somos miseráveis — somos os mais privilegiados de todos os homens. Porque a nossa esperança vai além do tempo. Nossa fé vai além do corpo. Nosso destino vai além do túmulo.
Cristo ressuscitou — e nós ressuscitaremos com ele
“Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem. Porque, assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem. Pois assim como em Adão todos morrem, assim também em Cristo todos serão vivificados.” (Primeira aos Coríntios 15 verso 20 a 22)
Depois de desmontar toda a hipótese de um Cristo morto, Paulo nos lembra da verdade que sustenta tudo o que somos: “Mas de fato Cristo ressuscitou.” Ele não está mais no túmulo. Ele venceu. E com essa frase, tudo muda.
Paulo então chama Jesus de “as primícias dos que dormem.” No contexto da colheita, primícias eram os primeiros frutos colhidos, uma amostra do que viria depois. O que Paulo está dizendo é que a ressurreição de Jesus não foi um caso isolado, ela é o começo de uma grande colheita, Ele ressuscitou primeiro… e todos os que estão Nele também ressuscitarão.
“Assim como em Adão todos morrem…”, essa é a nossa herança natural. Viemos de Adão, e com ele herdamos a queda, o pecado, a morte, mas agora, em Cristo, temos uma nova herança. “…assim também em Cristo todos serão vivificados.” Essa vivificação não é apenas espiritual, Paulo está falando de corpos, de uma nova criação. De ressurreição literal.
Esse é o ponto em que o evangelho toca a eternidade. O túmulo de Cristo ficou vazio, e um dia o nosso também ficará. Essa é a esperança que nos sustenta nos funerais, é o que consola quem chora, que nos anima a continuar, mesmo quando o corpo envelhece, adoece ou sofre, porque sabemos: se Ele ressuscitou, nós também ressuscitaremos. E mais: se Ele vier ainda hoje, nós seremos transformados. É o que Paulo vai afirmar mais adiante nesse mesmo capítulo: “Nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados” (Primeira aos Coríntios 15 verso 51). Nosso corpo será glorificado, incorruptível, semelhante ao de Cristo ressuscitado.
Essa é a vitória da ressurreição: não é apenas a volta à vida, é o nascimento de uma nova vida, sem dor, sem morte, sem pecado. E ela já começou em Cristo. E se Ele vive, nós também viveremos.
Porque ele vive, nós viveremos também
Chegamos ao final dessa caminhada pelo capítulo quinze da primeira carta aos Coríntios, e depois de tudo o que Paulo expôs, não resta mais dúvida: se Cristo não tivesse ressuscitado, estaríamos perdidos, mas porque Ele ressuscitou, temos tudo.
- Temos uma fé firme.
- Temos um evangelho verdadeiro.
- Temos um perdão garantido.
- Temos uma vida que não termina no túmulo.
- Temos uma esperança que resiste à dor, ao tempo… e até à morte.
Paulo não nos deixou suspensos na dúvida, ele nos conduziu até a certeza:
“Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem.” (Primeira aos Coríntios 15 verso 20)
“Pois assim como em Adão todos morrem, assim também em Cristo todos serão vivificados.” (verso 22)
E mais adiante, ele canta a vitória com palavras que rasgam o céu:
“Tragada foi a morte na vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?” (verso 54-55)
E ela mesmo responde:
“Graças a Deus, que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo!” (verso 57)
Meu irmão, minha irmã… a morte perdeu o poder. O túmulo perdeu o controle.
- A pedra foi removida. O inferno foi derrotado.
- A cruz ficou vazia. E o Cordeiro ressuscitou.
Mas essa vitória não é apenas de Cristo. Ela é nossa, se estamos em Cristo.
- Se Ele ressuscitou, nós também ressuscitaremos.
- E se Ele voltar hoje, seremos transformados, num abrir e fechar de olhos, e revestidos de um corpo glorioso, incorruptível, eterno.
Por isso, a mensagem de hoje é um convite. Não à religiosidade. Mas à vida eterna.
- Não ao medo da morte, mas à certeza da glória.
- Não a um Jesus morto, mas ao Jesus vivo que reina, intercede, e em breve voltará.
Você vive como quem crê nessa esperança? Ou ainda está vivendo como se a morte tivesse a última palavra?
Hoje, o Espírito de Deus te convida a sair do luto espiritual, da fé sem base, da religiosidade sem ressurreição — e abraçar a vitória de Cristo como sua.
Na cruz a tua dívida foi perdoada… e o túmulo vazio te renova a esperança.
Porque Ele vive, você pode viver também.
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Atenciosamente, Márcio M Santos
Redator
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