O que é o Natal?

O que nos faz comemorar o Natal no dia 25 de dezembro? Será que podemos confirmar isto nas escrituras? Quando começamos esta comemoração? O que é o Natal? Vamos começar investigando pelas Escrituras. Será que encontraremos nas Escrituras Sagradas algum rastro deste assunto? Precisamos a todo momento viver intensamente as verdades que estão expressas na Palavra de Deus.

⁵ Examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não reconheceis que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados.
⁶ Mas espero reconheçais que não somos reprovados.
⁷ Estamos orando a Deus para que não façais mal algum, não para que, simplesmente, pareçamos aprovados, mas para que façais o bem, embora sejamos tidos como reprovados.
Porque nada podemos contra a verdade, senão em favor da própria verdade.
2 Coríntios 13:5-8

Primeiramente iremos estabelecer o calendário que iremos usar para acompanhar os acontecimentos. No ano de 46 a.C. o imperador romano Júlio César implantou o calendário juliano, depois em 12 a.C. até o ano de 8 d.C. o então imperador Augusto fez novas modificações realizando alguns ajustes. Este calendário perdurou até o ano de 1582, quando o foi promulgado pelo então Papa Gregório XIII um novo calendário, que recebeu o nome de gregoriano em sua homenagem. Os calendários até aqui citados são todos calendários chamados gentílicos e, portanto, não serve para nossa pesquisa, ao menos a princípio, pois toda a história narrada nos N.T. e no V.T. foram escritos por judeus, excetos nas cartas, onde há exceções, e portanto será usado no nosso desenvolvimento o calendário judaico, o qual foi estabelecido pelo próprio Senhor Deus.

O Natal é uma confraternização acerca do nascimento do Senhor Jesus, é o que a tradição diz, mas começaremos a nossa história assim…

“E aconteceu que, estando eles ali, se cumpriam os dias em que ela havia de dar a luz. E deu à luz o seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem. Ora, havia, naquela mesma comarca, pastores que estavam no campo e guardavam durante as vigílias da noite o seu rebanho.” 
Lc 2:6-8

Como é o clima em dezembro, no oriente médio?

Neste período começa as estações das chuvas, considerada estação de inverno, sendo muito frio. Os pastores eram obrigados a guardar os seus rebanhos abrigando-os do frio, eles não ficavam nos campos.

“Entre os pastores se costumava enviar as ovelhas aos desertos, por ocasião da páscoa, e recolhê-las no começo das primeiras chuvas…”  
(Adam Clarke vol. 5, pág 734 e 735).

Como as primeiras chuvas começavam no princípio do mês de Marchesvan, que corresponde a parte de nosso outubro e novembro, consequentemente os pastores no trecho bíblico citado não poderiam estar com os seus rebanhos no deserto, observando o comentário de Adam Clark.

Em Israel o inverno vai de novembro a março, sendo os mêses de dezembro a março os mais frios e os mais chuvosos entre dezembro e fevereiro.

Dezembro corresponde a que mês no calendário hebraico?

“Aconteceu, pois, no ano quarto do rei Dario, que a palavra do SENHOR veio a Zacarias, no dia quarto do nono mês, em quisleu.” Zc 7:1

Haviam chuvas neste mês?

  “Então todos os homens de Judá e Benjamim, em três dias, se ajuntaram em Jerusalém; era o nono mês, no dia vinte  do mês; e todo o povo se assentou na praça da Casa de D-us, tremendo por este negócio e por causa das grandes chuvas.” Esdras 10:9

O clima era frio, neste mês?

“Estava, então, o rei assentado na casa de inverno, pelo nono mês; e estava diante dele um braseiro aceso.” Jr 36:22

Como então se deu os acontecimentos até o nascimento do Senhor Jesus: Nascimento de João Batista: Zacarias era sacerdote da ordem de Abias:

“Existiu, no tempo de Herodes, rei da Judéia, um sacerdote, chamado Zacarias, da ordem de Abias, e cuja mulher era das filhas de Arão; o nome ela era Isabel. E aconteceu que, exercendo ele o sacerdócio diante de Deus, na ordem da sua turma. Então, um anjo do Senhor lhe apareceu, posto em pé, à direita do altar do incenso. E Zacarias, vendo-o, turbou-se, e caiu temor sobre ele. Mas o anjo lhe disse: Zacarias, não temas, porque a tua oração foi ouvida, e Isabel, tua mulher, dará à luz um filho, e lhes porás o nome de João.”  
Lc 1:5,8,11-13

O Rei Davi divide o ano sagrado dos hebreus em 24 turnos ou quinzenas, definindo assim a ordem de cada turma para prestar os serviços do santuário.

“E Davi os repartiu, como também a Zadoque, dos filhos de Eleazar; e a Aimeleque, dos filhos de Itamar; segundo o seu ofício no seu ministério. E os repartiram por sortes, uns com os outros; porque houve maiorais do santuário e maiorais da Casa de Deus, assim dentre os filhos de Eleazar; como dentre os filhos de Itamar. E saiu a primeira sorte a Jeoiaribe, a segunda, a Jedaias; a sétima, a Hacoz; a oitava, a Abias; a vigésima terceira, a Delaías; a vigésima a quarta a Maazias.”
I Cr 24:3,5,7,18

O sacerdote Zacarias, pai de João Batista, pertencia a ordem de abias, portanto sua turma era responsável pela 8 quinzena do ano hebraico, no mês de Tamuz.    

Quando o sacerdote Zacarias volta para casa de seu turno, sua mulher, Isabel, engravida.   

“Sucedeu que, terminados os dias de seu ministério, voltou para casa. Passados esses dias, Isabel, sua mulher, concebeu e ocultou-se por cinco meses, dizendo:”
Lc 1:23

João Batista nasce no final de Nisã ou Abib, em abril.

Maria recebeu o aviso de sua gravidez pelo anjo Gabriel. Nesta ocasião, sua prima, Isabel, estava no sexto mês de gestação.

  “No sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado, da parte de Deus, para uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com certo homem da casa de Davi, cujo nome era José; a virgem chamava-se Maria. Mas o anjo lhe disse: Maria, não temas; porque achaste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem chamarás pelo nome de Jesus. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim. Então, disse Maria ao anjo: Como será isto, pois não tenho relação com homem algum? E Isabel, tua parenta, igualmente concebeu um filho na sua velhice, sendo este já o sexto mês, para aquela que diziam ser estéril.”  
Lc 1:26,27,30-34,36  

Maria então fica os últimos 3 meses de gestação de sua prima Isabel com ela.    

E de onde me provém que me venha visitar a mãe do meu Senhor? Maria permaneceu cerca de três meses com Isabel e voltou para casa. A Isabel cumpriu-se o tempo de dar à luz,e teve um filho. Ouviram os seus vizinho e parentes que o Senhor usara de grande misericórdia para com ela e participaram do seu regozijo. Sucedeu que, no oitavo dia, foram circuncidar o menino e queriam dar-lhe o nome de seu pai Zacarias.”
Lc 1:39-56-59

Chega o tempo do nascimento de Jesus

  “No sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado, da parte de Deus, para uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com certo homem da casa de Davi, cujo nome era José; a virgem chamava-se Maria. Naqueles dias levantou-se Maria, foi apressadamente à região montanhosa, a uma cidade de Judá, entrou em casa de Zacarias e saudou a Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o bebê agitou-se em seu ventre, e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. Em alta voz exclamou: “Bendita é você entre as mulheres, e bendito é o filho que você dará à luz! ”
Lc 1:26, 27; 39-42

  Daqui em diante é somente uma conta simples, no 6º mês de gravidez de Isabel, o anjo Gabriel visita Maria e ela passa a estar grávida, nove meses depois nasce o Senhor Jesus.

Veja o mapa abaixo:

A Origem e Evolução do Natal: Da Celebração Pagã à Festa Cristã

O Natal, uma das festas mais celebradas globalmente, carrega em sua essência uma história rica e multifacetada que se estende muito além de suas raízes cristãs. Este artigo explora a origem e a evolução do Natal, desde suas raízes pagãs até sua incorporação e transformação pela Igreja Cristã. Através de uma análise detalhada de fontes históricas e acadêmicas, desvendaremos como esta celebração, inicialmente ligada ao solstício de inverno e a divindades pagãs, se transformou na festa natalina que conhecemos hoje.

Raízes Pagãs do Natal

O Natal, como celebrado hoje, tem suas raízes em festividades pagãs que datam de séculos antes do nascimento de Cristo. Uma das mais significativas era o ‘Natalis Solis Invicti’, uma festa romana que celebrava o nascimento do ‘sol invencível’ durante o solstício de inverno. Esta celebração era uma homenagem ao deus persa Mitra, popular em Roma, e coincidia com o período mais escuro do ano, marcando o retorno gradual da luz e da esperança de dias mais longos e quentes.

Além disso, culturas europeias, como os celtas, tinham suas próprias celebrações do solstício de inverno, que incluíam rituais e simbolismos que mais tarde seriam incorporados nas tradições natalinas. Estas festividades eram momentos de alegria e celebração, marcando um ponto de virada crucial no ciclo anual da natureza.

A Cristianização do Natal

A adoção do Natal pela Igreja Cristã foi um movimento estratégico para facilitar a transição dos pagãos para o Cristianismo. No século IV, mas precisamente no ano de 336, formalizado pelo papa Júlio I, a Igreja começou a celebrar o nascimento de Jesus em 25 de dezembro, uma data que não tem relação com seu nascimento real, segundo estudiosos. Esta escolha visava substituir as festividades pagãs, como o ‘Natalis Solis Invicti’, e integrar os pagãos no seio da organização cristã.

Esta adaptação não foi um evento isolado. Ao longo dos séculos, a Igreja incorporou e cristianizou várias celebrações pagãs para atrair seguidores e consolidar sua influência. O Natal, com suas raízes pagãs, foi transformado em uma celebração do nascimento de Cristo, embora muitos dos seus elementos tradicionais, como a árvore de Natal e a troca de presentes, tenham origens anteriores ao Cristianismo.

Tradições Natalinas e Suas Origens

Muitas tradições associadas ao Natal moderno têm suas raízes em práticas pagãs. Por exemplo, a árvore de Natal, um dos símbolos mais reconhecidos da celebração, tem origens em rituais pagãos relacionados a árvores perenes, que simbolizavam a vida e a renovação durante os meses de inverno. Da mesma forma, a prática de trocar presentes durante o Natal pode ser rastreada até as Saturnálias romanas, uma festa em homenagem a Saturno, onde presentes eram trocados como parte das celebrações.

Outras tradições, como canções e decorações festivas, também têm suas origens em celebrações pagãs do solstício de inverno. Esses elementos foram gradualmente incorporados nas celebrações cristãs do Natal, criando a rica tapeçaria de tradições que conhecemos hoje.

Impacto da Reforma e Evolução do Natal

A celebração do Natal passou por várias transformações ao longo da história, especialmente durante a Reforma Protestante. Muitos reformadores viam o Natal como uma festa pagã disfarçada de celebração cristã e, em algumas regiões, sua observância foi até mesmo proibida. No entanto, com o tempo, o Natal foi reaceito e se tornou uma das festas cristãs mais importantes e amadas.

Na era moderna, o Natal evoluiu para além de suas raízes religiosas, tornando-se uma celebração cultural que abrange diversas tradições e práticas. Em muitos países, o Natal é um período de reunião familiar, troca de presentes e celebração da generosidade e do amor. Essa evolução reflete a capacidade do Natal de se adaptar e permanecer relevante em diferentes contextos culturais e históricos.

Conclusão

Sabemos agora também que João Batista nasce no final do mês de Nisã, 6 meses após nasce o nosso Senhor Jesus, sem mistérios e sem invenção. Agora podemos afirmar: o Senhor Jesus nasceu entre o fim de Setembro e o início do mês de Outubro. Neste mês é celebrado o Rosh Hashaná, ano novo judaico e outras festas que falam muito acerca do Senhor Jesus, como a festa dos tabernáculos, onde está escrito:

³⁷ No último dia, o grande dia da festa, levantou-se Jesus e exclamou: Se alguém tem sede, venha a mim e beba.
João 7:37

O Natal, com sua rica história que atravessa milênios, é um exemplo fascinante de como as tradições culturais e religiosas podem se entrelaçar e evoluir ao longo do tempo. A celebração que hoje conhecemos como Natal é o resultado de uma série de adaptações e transformações, desde suas raízes pagãs até sua adoção pela Igreja Cristã e sua posterior evolução em uma festa cultural global. Este artigo buscou explorar essa jornada, destacando como o Natal se tornou um dos eventos mais significativos e universalmente celebrados, transcendendo suas origens para se tornar um símbolo que abstrai as verdadeiras inteções e afasta a igreja da verdade, cultuando qualquer outra coisa, menos a Cristo.

Curte, comenta, compartilhe, saiba que o propósito aqui é trazer um ponto de reflexão, o evangelista João reproduz uma fala de nosso Senhor Jesus em seu evangelho, no capítulo 8, verso de número 32 que afirma que, se eu conhecer a Verdade, ela me libertará. Expalhe esta mensagem e que o Senhor Jesus nos abençôe.

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Atenciosamente, Márcio M Santos (Redator)

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